quarta-feira, 22 de junho de 2011

Padroeiro dos Jardineiros

São Fiacre não é mencionado nos antigos calendários Irlandeses, mas é tido como certo que ele nasceu na Irlanda e viajou para França onde viveu em quietude devotando-se a Deus. Ele chegou a Meauz onde o bispo da cidade deu a ele uma pequena habitação, chamado Breuil na província de Brie.
A tradição diz que o bispo ofereceu a ele toda a terra que ele conseguisse arar em um dia.
Fiacre em vez de sulcrar o terreno com o arado, fez para ele uma cela com um jardim e um oratório em honra da Virgem Maria e fez um pequeno hospital para viajantes. Muitos o procuravam para conselhos e os pobres por ajuda. A sua caridade fez com que ele atendesse a todos e vários eram milagrosamente curados pelas suas mãos. Ele nunca permitiu que uma mulher entrasse em sua clausura e São Fiacre estendeu esta proibição até a sua capela e várias lendas dizem que as transgressões eram visivelmente punidas.
Por exemplo, diz a tradição que em 1620 uma dama de Paris que se dizia acima de suas regras se dispôs a dirigir-se ao oratório e no caminho perdeu a memória e nunca mais a recobrou. A “Ana da Áustria” rainha da França ficava contente em orar de fora da porta do oratório, entre os demais peregrinos e nunca tentou entrar.
A fama dos milagres e curas de São Fiacre continuaram até após a sua morte e multidões visitam o seu túmulo por séculos. O Monsenhor Seguier, bispo de Meaux em 1649 deu o seu testemunho e João de Chatilon, Conde de Blois também testemunhou sua cura. Ana da Áustria atribuiu ao santo a cura de Luiz XIII de uma grave doença em 1641 e em agradecimento, foi a pé, em peregrinação, ao túmulo de São Fiacre, que já havia se tornado um santuário. Ele é invocado para toda sorte de problemas físicos.
Diz a tradição que ele teria tido hemorróidas e ficou sendo o santo padroeiro das doenças do reto.
Ele é o padroeiro dos fabricantes de tijolos, telhas e manilhas de barro.
Ele também é o padroeiro dos jardineiros e na França dos motoristas de taxi.
Os taxistas franceses são chamados de “Fiacres” porque o primeiro estabelecimento a permitir “carruagens de aluguel”, no meio do século VII, era situado à rua Saint Martin, próximo ao Hotel Saint Fiacre em Paris.
A festa de São Fiacre é mantida em primeiro de setembro em várias dioceses da França e da Irlanda.
Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado com uma pá de jardineiro.

Colaboração: Marisa Gorski

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