segunda-feira, 19 de março de 2012

Ponha cor na sua vida

         Escolher as cores do jardim é um trabalho muito especial. De muito longe, dá para notar os tons vermelhos de um bico-de-papagaio. Uma orquídea catleia que, de perto, pode até não impressionar muito, se destaca na paisagem. Um canteiro de margaridinhas-amarelas irradia suas cores. Isso tudo para quem sabe olhar.
         Faz muito tempo que, literalmente, procuro entender as cores. E, devo confessar, ainda não aprendi a vê-las como merecem ser vistas. Sempre acho que poderia apreciá-las melhor do que tenho apreciado. Na adolescência, comecei a fotografar. Arte mesmo era em preto e branco, garantiam os mestres da fotografia. Um girassol em preto e branco? Muda o contexto, favorece outra leitura, diziam. Mas nunca botei muita fé. A explosão de amarelo de um girassol é algo que beira o inacreditável, de tanta beleza. Se você quiser conhecer como é efetivamente o amarelo, olhe um girassol à luz da manhã.
         Fiquei sabendo depois que cor é uma questão cultural. De novo, a fotografia me ajudou. Numa entrevista com um executivo de uma multinacional especializada em impressão de fotos, descobri que os discretos europeus gostam de suas fotos em cores mais pastéis, os reservados japoneses, de tons suaves, e nós, brasileiros, de cores fortes. Fácil entender o porquê. É tudo uma questão da força do sol nos trópicos, da pouca roupa, da alegria de um povo jovem, bronzeado em milhares de quilômetros de praias.
         Nos privilegiados jardins brasileiros dá para abusar dos amarelos, dos vermelhos, dos azuis ou dos roxos. Pois então ... Será que abusar é o certo? Acredito que sempre vale a pena pensar no jardim como uma pintura, uma tela a ser desenhada.
         Cor, muita cor, pouca cor. Vá, deixe-se levar por elas. Ponha em ação sua fantasia e dê um novo colorido tropical à sua vida.


Texto extraído do livro: "O Poder do Jardim"
Autor: Roberto Araújo
Editora Europa

quarta-feira, 7 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

Mulher Semente ...
SER-mente ...
SER que faz gente,
SER que faz a gente.

Mulher SER guerreiro, guerrilheiro, lutador ..., multimídia, multitarefa, multifaceta, multi-acaso ... multi-coração ...

Mulher SER que dá conta, que vai além da conta, que multiplica, divide, soma e subtrai, sem perder a conta, sem se dar conta, de que esse século foi seu parto, na direção de seu espaço, de seu lugar de direito e de fato, de seu mundo que lhe foi usurpado e que agora é por ela ocupado.

MULHER ... Esse SER florado, esse SER adorado, esse SER adornado, que nos põe em um tornado, nos deixa saciado e transtornado, que nos faz explodir e sentir extasiado. SER admirado ...

MULHER ... Nesse final de milênio, faça a transição. Tire de seu coração a semente que vai mudar toda a gente levando o mundo a ser mais gente ...

Um mundo mais feminino, mais rosado e sensibilizado, mais equilibrado e perfumado ...

PARABÉNS MULHER!!! Não pelo oito de março, nem pelo beijo e pelo abraço, nem pelo cheiro e pelo amasso. Mas por ser o que és ...

Húmus da humanidade, Raiz da sensibilidade, Tronco da multiplicidade, Folhas da serenidade, Flores da fertilidade, Frutos da eternidade ... Essência da natureza humana.
Parabéns ...

autor: anônimo
colaboração: Maria Luiza Amatuzzi

Inauguração da Capela de São Fiacre

"Nossa vida será como um jardim regado e todas nossas angústias desaparecerão."
(Jeremias 31.12b)

"Onde você plantar, florescerá"

Na tarde ensolarada do dia 07 de março de 2012 assistimos à inauguração da Capela de São Fiacre no jardim da residência da D. Regina Rodrigues. E a imagem foi abençoada pelo Padre e pelas Cejarteanas ali reunidas.
São Fiacre é o santo patrono dos agricultores, horticultores e jardineiros.
Foi uma tarde de reencontros, de conversas num canto do jardim, de um lanche delicioso saboreado na mesa sobre o gramado.
Foi a primeira reunião do ano do Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paraná e nos sentimos todas muito bem vindas. Desde a entrada quando recebemos como presente um leque e depois a medalhinha de São Fiacre.
A D. Regina como sempre, com muitas idéias criativas.
Abaixo, algumas fotos do evento.




























Fotos: Cassia Dias


São Fiacre

São Fiacre era filho de um Rei da Escócia do século VI e pertencia a um grande movimento de evangelizadores. Instalou-se próximo a cidade de Meaux ao lado do Bispo São Faron.
São Fiacre fundou um monastério e sua reputação cresceu rapidamente. Não tendo como assegurar a subsistência dos membros de sua comunidade e dos visitantes, ele pediu ao seu Bispo autorização para aumentar seus domínios.
A tradição diz que o Bispo da cidade deu a ele toda a terra que conseguisse arar em um dia. Armado de um bastão (que na lenda virou pá de jardineiro) ele conseguiu desenhar um largo pedaço de terra.
Já na sua grande propriedade dedicou-se às alegrias da agricultura e da jardinagem.
Faleceu em 30 de agosto de 670 no vilarejo de La Brie, que hoje tem seu nome.
Desde a Idade Média ele obteve o fervor dos jardineiros. Ele é representado em inúmeros vitrais e estatuetas, sempre acompanhado de seu emblema, a pá de jardineiro, e celebrado como o santo patrono dos agricultores, horticultores e jardineiros.


"Nossa vida será como um jardim regado e todas nossas angústias desaparecerão."
(Jeremias 31.12b)

"Onde você plantar, florescerá."