segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

As Plantas na Tapeçaria

                                                             



   
                                                              Eliane M. do E. S. Abdalla - Cejarteana 

Palestra proferida em 06/10/1999



A história do tapete Persa data de mais de 2500 anos. Os iranianos foram uns dos primeiros tecelões das mais antigas civilizações, que através de séculos de criatividade e ingenuidade formaram excelentes talen­tos. O tapete é uma das mais finas formas de expressão de arte que o Irã pode encontrar para expressar o mais alto grau de arte que o homem pode fazer.

No princípio eram artigos de necessidade, que os nômades usavam para se aquecer, dormir, sentar, transportar e trazer alegria para dentro das tendas.  medida que os reis e nobres descobriram esta arte, pas­saram a usá-los para adornar os palácios e as mais finas edificações.

Ao passar dos séculos o tapete persa recebeu re­conhecimento pelo trabalho artístico e esplendor.  Hoje o Irã produz mais tapetes que todos os centros de tece­lagem no mundo.

O luxo do tapete persa hoje contrasta com os primeiros tecidos pelas remotas tribos nômades, onde pela necessidade desenvolveu-se a arte.

No passado os tapetes eram pequenos e usados como utilitário e após passaram a ser usados para orar.

Os primeiros eram tecidos com lã sobre lã e uma só pessoa trabalhava. Com o passar do tempo eles começaram a usar o algodão para urdiduras e tramas, utilizando também a seda.

Desde então começou um proces­so onde os pais passaram suas técnicas para seus filhos, os quais desenvolveram novas técnicas e estas eram guardadas em segredo familiar, para seus descenden­tes. 

Para fazer um tapete, várias pessoas da família tra­balhavam no mesmo e um líder ditava a série de nós e cores.       

Quando precisavam mudar, o tear era desman­chado e o tapete retirado. 

Quando chegavam a outro lo­cal, montavam novamente, por isto alguns tapetes tribais são um pouco tortos.

O clima gelado das montanhas traz uma vanta­gem sobre a qualidade da lã, ela é mais fina e longa.

O segredo para a execução de um tapete, a utili­zação de cores brilhantes tingidas naturalmente. Este tingimento envolve segredos guardados a sete chaves por gerações e gerações.

As cores do tingimento natural são obtidas de plantas, raízes, cascas de árvores e frutos, insetos e ou­tros elementos encontrados na natureza.

Podemos citar alguns exemplos como: a casca da romã na cor laranja; a folha de índigo na cor azul; a casca de cebola e açafrão na cor amarela; a flor do sumak na cor purpura; do inseto cochonilha é retirada a cor vermelha - macerando a fêmea; a cor preta é tirada de moluscos do mar Cáspio.

Os tapetes persas são tão ricos em cores e flo­res pelo fato de o Irã ser um país com grandes áreas de deserto, onde a paisagem é cor de areia. Eles usam os tapetes com flores e cores para trazer a natureza para dentro de suas casas.

Outro fator que contribui com uso de flores no desenho dos tapetes, é o fato do iraniano crer que o céu é um lugar florido. Eles têm muito respeito pelas flores.

O tapete Nain é um exemplo do uso das flores e da natureza em seu desenho, simbolizando constela­ções onde se destaca o centro com abóbada em cor azul mesclando flores que estilizadas simbolizam constelações.

 

                                   Boletim "O Regador" - nº 42.

 

 

 

 

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Dissertação sobre as flores chamadas compostas




                                    Palestrante: Cláudia Maria André Seixas

                                                Proferida em 11 de Outubro de 2000

 

As compostas são plantas muito conhecidas. São uma das mais numerosas da família das angiospermas (plantas que dão flores). O que muitos não sabem é que elas produzem 2 tipos de flores numa mesma inflorescência e nenhuma delas é reconhe­cida como tal pela maioria dos amadores. Eles tomam o conjun­to, tecnicamente denominado capítulo, como sendo a flor.

         Tomemos como exemplo a margarida: ela é formada por um grande número de florzinhas situadas no miolo e outras tan­tas nas pétalas. As primeiras são chamadas de flores do disco e as outras de flores do raio. Cada flor do disco possui anteras e ovários. Cada flor do raio possui em sua base um ovário, que pode ser funcional ou estéril. A flor composta permite uma re­produção altamente eficiente: uma abelha carregada de pólen pode, em segundos, polinizar muitíssimas flores do disco. As plan­tas que possuem essa peculiaridade (dois tipos de flores numa mesma inflorescência), constituem a família das compostas, que compreende em torno de 25 mil espécies encontradas no mundo inteiro, com exceção da Antártida.

Dentre as compostas podemos encontrar ervas medici­nais como a camomila e a artemísia; plantas alimentícias como a alface, a alcachofra e o girassol; plantas inseticidas como o “pyrethrum”; plantas ornamentais como as margaridas, crisân­temos, dálias e etc, e até plantas daninhas como dente de leão.

As compostas são encontradas na forma de ervas, arbus­tos, trepadeiras, algumas poucas árvores e raríssimas aquáticas.

Sobre o crisântemo pode-se destacar o seguinte: essa flor vinha sendo cultivada por jardineiros orientais há mais de dois mil anos, antes de chegar à Europa no século XVII. Nessa épo­ca o Oriente já produzia quase todos os tipos das treze categori­as existentes. Os japoneses veneravam essa flor como “A Rai­nha do Oriente”, e era emblema pessoal do imperador e de toda a nobreza. Botânicos europeus deram ao gênero o nome “Chrysanthemum”, que significa flor de ouro. Existem hoje mais de mil espécies, em dezenas de tonalidades.

Quanto ao girassol podemos dizer que foi e continua sen­do inspiração para poetas, músicos e decoradores. Foi a planta que inspirou Van Gogh a pintar um dos mais caros quadros do mundo: “Girassóis”.

Suas flores exuberantes pertencem ao gênero “Helianthus”, nome que significa “Flor do Sol”, talvez devido à sua forma de sol estilizado.

Além de planta ornamental, o girassol pode ser utilizado como alimento para o gado em geral na forma de silagem, na alimentação das aves (grãos), na indústria de cosméticos (cre­mes e perfumes) e também na alimentação humana.

A flor do girassol é muito valorizada pela indústria, princi­palmente a que produz óleo. O óleo de girassol é considerado

produto nobre por sua qualidade nutricional, que auxilia na redu­ção do colesterol sanguíneo. O girassol é também importante fonte de proteínas. No beneficiamento de uma tonelada de grãos obtém-se em média trezentos quilos de torta com 48% a 50% de proteínas.

Inicialmente utilizado pelos índios americanos como fonte ali­mentar, o girassol é hoje a quarta oleaginosa mais plantada no mundo.

Atualmente, em vários países, os floricultores cultivam va­riedades de girassóis com flores de 8 centímetros de diâmetro. Entre estas encontram-se flores bicolores, amarelas, laranjas, castanhas e marrons. As variedades altas podem ser usadas como cercas vivas provisórias, ao mesmo tempo em que forne­cem belas flores para composição de arranjos originais.

Curiosidade:

Todas as plantas, não apenas o girassol, se curvam de acordo com o movimento do sol, em maior ou menor grau. Esse fenômeno é conhecido como heliotropismo. Não só os raios so­lares, mas qualquer tipo de luz que incida sobre as plantas, ativam um hormônio de crescimento chamado ácido indolilacético (AIA), produzido pelas células jovens localizadas nas suas folhas.

Os raios de sol ao incidirem lateralmente, iluminam um dos lados da planta com maior intensidade estimulando assim sua maior produção de AIA. Por isso, um lado se desenvolverá mais. Tal crescimento desigual faz a planta pender para o lado contrário ao seu crescimento, na direção do sol. Já a flor propri­amente dita nada tem a ver com essa movimentação. Com o peso, ela se inclinará para o lado em que pender o caule. Ã noite, na ausência de luz para estimular o crescimento, a planta volta à sua posição normal.

 

                                         Boletim O Regador  46

 










quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Violetas

     Existem duas plantas que são chamadas de Violeta. As verdadeiras são as Violas.

     Viola odorata - Violeta de jardim.
     Altura: 20 a 30cm. Nativa da Europa, da Ásia e África do Norte. Planta perene com flores singelas roxo-escuras, roxo-claras, brancas e rosa-escuras. Floresce no fim do inverno. Cultiva-se à meia-sombra servindo para bordaduras ou manchas. Necessita de solo rico em matéria orgânica, mantido sempre úmido. Aprecia o frio. Multiplica-se por touceiras ou estolões já enraizados.

     Viola tricolor hortensis - Amor-perfeito. 
     Altura de 20 a 30cm. Nativa da Europa. Planta perene, mas é cultivada como anual, com flores vistosas e coloridas em combinações de branco, roxo, amarelo, róseo e marrom. Floresce no inverno e primavera. Cultiva-se ao sol e meia-sombra, servindo para maciços ou bordaduras nos canteiros. Necessita de solo rico em matéria orgânica, mantido sempre úmido. Multiplica-se geralmente por semeadura.

     Saintpaulia ionantha - Violeta africana.
   Altura de 15 a 20cm. Nativa da África tropical. Folhas carnosas e frágeis. Planta perene de florescimento contínuo. Devido ao melhoramento genético, produzem flores de diversas cores. Cultiva-se em locais abrigados tanto do frio como do sol intenso. Usualmente os vasos de violeta africana são colocados perto de janelas envidraçadas com bastante luminosidade. A terra dos vasos deve ser rica em húmus mas não pode ter umidade constante. No inverno é preciso proteger os vasos da diferença de temperatura do dia e da noite, pois o calor do sol de inverno durante o dia e o frio durante a noite não fazem bem para o desenvolvimento da planta. Multiplica-se pelo enraizamento das folhas.

Boletim "O Regador" - nº 80.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Propagação de plantas

     As plantas podem ser propagadas ou multiplicadas de duas maneiras:

1 - Propagação por Sementes

     Para que haja a formação de sementes é preciso que a planta produza flores e que estas flores sejam fecundadas.
     O plantio das sementes pode ser feito em caixas, potes plásticos, vasos, canteiro de sementeira ou definitivos.

Substrato para Recipientes
- Comercial específico
- Mistura doméstica
- 2/3 terra vegetal + 1/3 areia fina,
- 1/3 terra comum + 1/3 terra vegetal + 1/3 areia fina.

Canteiro
- Bem afofado, sem resíduos
- 0,80m de largura x 2,00m de comprimento.

Irrigação
- Manter úmido, mas não encharcado.

Luminosidade
- A necessidade varia com o estágio de desenvolvimento. À medida que a planta cresce necessita de mais luz.

Semeadura
- Profundidade - 2 a 3 vezes o tamanho da semente
- Distribuição das sementes - em covas, linhas ou a lanço.

Outros cuidados
- Desbaste - retirada do excesso de plantas das sementeiras.
- Transplante - retirada das mudas da sementeira e plantio no local definitivo.

Semeando em local definitivo
- Preparo do canteiro
- Semeadura
- Desbaste
- Proteção
- Irrigação.

2 - Propagação por partes da planta (Vegetativa)

     Podemos propagar ou multiplicar nossas plantas através de algumas partes, como caule, folhas e até raízes. Esta propagação é chamada de Propagação Vegetativa.

     Na natureza as plantas também fazem a Propagação Vegetativa. Algumas plantas formam novas mudas a partir do caule ou das raízes. Outras tem folhas de onde aparecem novas plantas.

     Quando nós queremos multiplicar nossas plantas usando a propagação vegetativa podemos usar os seguintes métodos:


  • Mergulhia: a muda é obtida enterrando um ramo, sem cortá-lo.
  • Alporquia: embrulhamos o galho com um material chamado esfagno, também sem cortar o galho.
  • Estaquia: cortamos um galho e fazemos pequenas varetas que são colocadas para enraizar em um vaso com terra ou areia ou em um canteiro. 
     Para fazermos a propagação com as folhas podemos usar a folha inteira ou pedaços de folha. Colocamos para enraizar na água ou em um vaso com terra ou areia.

     Podemos ainda propagar as plantas através de pedaços de raiz que são plantados e formam novas plantas.

Palestra ministrada por Karen D. Cartaxo Sprenger,
proferida em 02 de setembro de 2009.
Boletim "O Regador", Nº 81 - 

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Cercas vivas

     As cercas vivas são elementos muito decorativos e também resolvem alguns problemas nos jardins. Elas podem ser empregadas como planta em crescimento natural ou podadas como sebes.
     No primeiro caso a planta necessitará de um espaço grande e por essa razão só poderá ser usada em jardins com grande área.
     Já as sebes podem ser usadas como divisórias em jardins pequenos.
     Existem arbustos que são melhores para cerca viva ou sebe por terem uma folhagem mais densa ou porque suas folhas são perenes.
     A poda das sebes deve ser realizada mais de uma vez por ano. Cuidado para não podar no período de floração da planta.
     Algumas plantas que podem ser usadas como cercas vivas são:

Spiraea vanhouttei - Buquê-de-noiva
Altura: até 2 metros
Exposição: pleno sol
Floração: inverno - primavera
Flor: branca
Espaçamento: 0,50m
Poda: após a floração

Cotoneaster lacteus - Cotoneaster
Altura: até 2,50 metros
Exposição: sol e meia sombra
Frutos: vermelhos no outono e inverno
Espaçamento: 0,80m
Poda: uma vez por ano no verão

Lavandula angustifolia - Lavanda
Altura: até 0,75m
Exposição: pleno sol
Floração: verão
Flor: lilases, azuis ou roxas
Espaçamento: 0,30m
Poda: após a floração

Rhododendron simsii - Azaléia
Altura: até 2 metros
Exposição: sol ou meia sombra
Floração: inverno
Flor: brancas, vermelhas, róseas e arroxeadas
Espaçamento: 0,50m
Poda: após a floração

Ligustrum sinense - Ligustrinho
Altura: 3 a 4 metros
Exposição: pleno sol
Floração: primavera
Flor: branca
Espaçamento: uma planta a cada 0,50m
Poda: periódica

Hibiscus rosa-sinensis - Hibisco
Altura: 3 a 5 metros
Exposição: pleno sol
Floração: quase o ano todo
Flor: diversas cores
Espaçamento: 0,80m
Poda: periódica

Abelia grandiflora - Abélia
Altura: 2 a 3 metros
Exposição: sol ou meia sombra
Floração: do verão até o inverno
Flor: brancas e róseas
Espaçamento: 0,80m
Poda: periódica

Do Boletim "O Regador", número 81

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Jardins da Itália


Na literatura ocidental, o jardim italiano ocupa um lugar de relevo nas descrições de viajantes, poetas e artistas que frequentemente idealizaram a diversidade estética e a vivacidade da natureza da Itália a ponto de atribuir-lhe o apelido de “Jardim da Europa”.
O jardim não apenas provoca prazer ao ser hu­mano, estimulando os sentidos e oferecendo experiên­cia tangível da relação homem-natureza, mas também é testemunha da história e da cultura, acompanhando o desenvolvimento do pensamento.
Entretanto, pode-se verificar que no jardim ita­liano algumas características fundantes se mantiveram ao longo dos séculos.
Na antiga Roma, especialmente no período do império, as residências dos ricos eram complementadas com amplos jardins com disposição planimétrica regu­lar e simétrica. Um lago central com fonte de água, era o ponto de convergência de caminhos geometricamen­te dispostos ladeados por bordaduras e arborizados.
Inicialmente dotados de vasos, estátuas e sim­ples bancos de mármore, foram em seguida enriqueci­dos com construções quais pequenos templos galerias e espelhos d’água. Nas residências mais faustosas, como por exemplo na Villa Adriana do imperador Adriano em Tivoli, os equipamentos de lazer eram bastante complexos pois compreendiam entre outros: piscinas, hipódromos e gi­násios, originando assim a transformação dos jardins nos primeiros parques da história.
Na idade média, pela necessidade de defesa dos ataques de toda espécie, os jardins ornamentais eram restritos ao interior dos castelos e dos conventos. 
Nes­tes Hortus conclusos (jardins fechados) - a simplicidade da implantação refletia a austeridade da religião: dois caminhos em ân­gulo reto dividiam o canteiro quadrado central em qua­tro partes iguais, levando ao poço, simbólica fonte de vida. Querem alguns autores que esta disposição seja inspirada no Gênesis, onde está escrito “o rio saiu do Paraíso para regar o jardim, que ficou assim dividido em quatro partes.”  As plantas cultivadas nos claus­tros tinham finalidade utilitária pois eram basicamente frutas e especiarias às quais eram atribuídas qualidades milagrosas.
Aos poucos a austeridade religiosa do claustro foi diluindo-se com a crescente
valorização do prazer que a natureza oferece com os perfumes, as vistas, os frutos e o canto das aves. O jardim se abre às vistas pa­norâmicas, se deita nas encostas desenvolvendo-se na vertical, recebe terraços, escadas, balaústres, “loggia” belvedere. Mantem contudo sua disposição geomé­trica, que na renascença se torna expressão do domínio do homem sobre a natureza e ainda aplicação da recen­te técnica da perspectiva. São usados, para obter estes efeitos, cipreste, louro e murta, dóceis às tesouras do jardineiro e que facilmente adquirem as formas descri­tas nos muitos tratados da época.
O jardim do renascimento é inseparável da resi­dência: jardim e arquitetura são perfeitamente integra­dos complementando-se reciprocamente. Entre as ex­traordinárias realizações do Cinquecento vale lembrar o jardim da Villa d’Este, que o cardeal Ippolito II d’Este  fez cons­truir em Tivoli, próxima à do imperador Adriano. Em fantástica sequência, escadarias, fontes, grutas, estátu­as, perspectivas de e para o edifício central, são marcadas pela vegetação e constituem um dos exemplos mais característicos do “jardim à italiana”. Este, adotado em toda a Europa pelos arquitetos do séc. XVII, servirá de inspiração ao igualmente famoso “jardim à francesa”.
O jardim barroco italiano adquire novas cores novos perfumes através da hibridação e visa reproduzir em síntese todo o conhecimento das descobertas cien­tíficas e geográficas. Surgem os teatros “de vegetação” e colecionismo se estende além das espécies exóticas - por exemplo, as anêmonas e os ananás - também aos animais exóticos para reforçar o poder do príncipe ou do cardeal através do estranhamento provocado nos observadores.
Com o declínio da Itália no panorama político europeu, é inevitável a decadência do jardim que emo­ciona apenas alguns autores românticos pelo aspecto pitoresco da luta da natureza selvagem sobre a antiga ordem imposta pelos jardineiros.
Recentemente, a cidade de Modena instituiu uma mos­tra anual de jardins, onde, através das propostas de arquitetos e paisagistas, pode-se verificar a permanên­cia dos elementos característicos mantidos ao logo da história: perspectivas, desníveis, água e elementos escultóricos compõem o jogo sempre variado do jar­dim italiano. 

Palestra proferida em 22/set/1999 por:

Sra. Maria Luiza Piermartiri Valenti -   Arquiteta
e Sr. Maximiliano Piermartiri - Eng. Agrônomo.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Calendário Verde - Horta & Jardim - Maio, Junho e Julho


O período de outono e início de inverno é de grande atividade no jardim e no pomar.
Nesta época nos preparamos para o período das po­das mais intensas de rejuvenescimento e/ou frutificação que, deverá ocorrer na lua minguante de julho.
Podemos considerar o período de lua minguante en­tre o dia seguinte ao da lua cheia até o dia da lua nova. Caso você tenha muitas plantas para podar, deixe esse pe­ríodo para aquelas mais especiais. Plantas menos sensíveis poderão ser podadas ainda no mês de junho ou então na minguante de agosto. O que ocorre quando realizamos a poda antecipada (maio ou junho) é que pode ainda ocorrer alguma brotação devido a algum “veranico” que ocorra. Para plantas muito robustas ou que estejam muito altas, essa épo­ca é indicada para a poda. O que ocorre é que ao realizar­mos a poda, induzimos a brotação. Essa nova brotação irá interromper o crescimento quando cair mais a temperatura e assim teremos a formação de ramos mais curtos, diminu­indo o tamanho da planta. Esse procedimento pode ser usa­do eventualmente, não devendo se tornar uma regra.
Sempre após a poda, devemos nos lembrar de apli­car uma adubação adequada e fazer uma boa rega. É im­portante utilizar adubação orgânica em conjunto com a adu­bação química. Além disso mantenha a cobertura do solo.
O mês de maio é indicado para realizarmos análises de solo. Essa amostra pode ser repetida a cada dois anos sempre na mesma época. Delimite a área que será analisa­da. Caminhe em ziguezague pela área e vá retirando algu­mas amostras de terra. Esta amostra é obtida limpando-se a superfície do solo e retirando-se uma fatia de terra com a profundidade de uma pá. Coloque todas as amostras em um balde limpo, misture muito bem e retire então aproxi­madamente 1 kg (um quilo) de terra. Coloque essa terra em um saco plástico também limpo e identifique a amostra. Co­loque nome, telefone, data e local da coleta, identificando a área (horta, pomar, jardim, ,...). Encaminhe a um serviço de análise. Você saberá assim como estão as condições de Ph, nutrientes (NPK) e matéria orgânica de seu solo.
Caso você queira uma análise mais completa com recomendação de adubação, por exemplo para o pomar, acrescente informações sobre os tipos de frutíferas e as ida­des das plantas.
O gramado deve ser tratado adequadamente nesse período. Os cortes diminuem e em julho inicia-se a limpeza com retirada do “matinho” e aeração.
É tempo de preparar os canteiros para as anuais da época. Retire as plantas mortas, limpe o canteiro, faça umaadubação seguida de afofação. Espere pelo menos uma semana antes de plantar.
Também é o período indicado para preparar as co­vas de plantio das frutíferas. Faça covas com 60cm x 60cm x 60cm, misture a terra dos primeiros 30 cm com adubo, calcário e matéria orgânica, o restante da terra deixe de lado. Forre o fundo da cova com palhada ou folhas secas, devolva a terra adubada para a cova e marque o seu cen­tro. A terra restante deve ser espalhada ao redor da cova. O plantio pode ser realizado a partir do final de julho até meados de agosto, preferencialmente.
O mesmo procedimento pode ser utilizado para o plantio de arbustos em geral.
As plantas semeadas para posterior transplante são: alface, alho-porró, beterraba, cebola, couve, brócolis, cou­ve-flor, mostarda, repolho, amor-perfeito, calêndula, cam- pânula, cravina, cravo, flor-de-mel, petúnia, sálvia e ver­bena.
Planta-se em local definitivo: agrião, almeirão, cenoura, ervilha, rabanete, rúcula, espinafre, salsinha, capuchinha, ervilha-de-cheiro, mosquitinho, esporinha, phlox.
E lembre-se - a época é de frio, portanto tenha à mão material para preparar uma proteção adequada para suas plan­tas. Em dias em que haja previsão de geada proteja suas plantas mais sensíveis. As estufas devem ser fechadas en­quanto ainda há sol/calor, isso é, por volta das 14 horas e devem ser abertas após a elevação da temperatura no dia seguinte. Faça sempre as aberturas das estufas mesmo que por um pequeno período no dia. Não deixe que as plantas encostem em suas coberturas, pois nesses pontos a planta receberá o frio e poderá queimar.
KarenD. C. Sprenger

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Cejarte !




















O Cejarte pensa, programa, projeta, organiza e realiza, com grupo de sócias que têm como meta o desenvolvimento cultural, social e pessoal  das associadas.
Quando um grupo de pessoas trabalha unido, é muito mais fácil atingir estas metas.
O nosso sucesso nas reuniões mensais e nos eventos não é fruto somente do trabalho da diretoria;
é muito mais -  é o apoio, o trabalho e amizades das sócias que nos levam para frente.
Não podemos ficar sempre nas mesmas programações, temos que inovar e crescer.
Desde que nossas atividades não saiam do objetivo maior - Jardim, Plantas, Natureza - qualquer ideia para inovar será aplaudida.
Desejamos para todas, felicidade, alegrias e paz !
   
                                                          Jornal O Regador, Editorial, ano XVI, N. 69